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Os 7 riscos que o seu Conselho nunca pode ignorar em qualquer tempo

O cenário corporativo brasileiro vive uma transição crítica.
Com juros altos, crédito restrito e margens comprimidas, crescer sem base sólida virou um dos maiores riscos empresariais — e um dos principais temas da agenda de conselhos e executivos.
Reunimos aqui os sete riscos mais relevantes que devem regularmente orientar as decisões financeiras e de governança das Organizações.

1. Crescimento rápido sem base sólida

Empresas que expandem sem geração de caixa sustentável acabam reféns do próprio crescimento. O foco deve migrar de volume para rentabilidade, liquidez e eficiência operacional. No novo ciclo econômico, crescer de forma inteligente é mais importante do que crescer rápido.

2. Falta de liquidez e gestão de caixa ineficiente

A escassez de crédito e os juros elevados transformaram a liquidez em ativo estratégico. Empresas que não possuem previsibilidade financeira ou gestão sólida de capital de giro tornam-se vulneráveis rapidamente. Gerar caixa hoje é sinônimo de sobrevivência corporativa.

“Cash is king”. Quanto maior a altitude de voo, melhor a liquidez. Manter os instrumentos calibrados é vital.

3. Estrutura de capital desequilibrada

O ambiente de juros altos e volatilidade cambial aumenta o custo da dívida e reduz margens. Conselhos e CFOs precisam revisar a estrutura de capital, alongar prazos e buscar equilíbrio entre curto e longo prazo. O objetivo é reduzir a exposição a riscos de refinanciamento e preservar liquidez.

4. Margens comprimidas e custo do dinheiro elevado

Com o custo de capital em alta e o consumo pressionado, as margens estão mais estreitas. Empresas precisam precificar com inteligência, revisar custos e priorizar eficiência operacional. Faturar não é o mesmo que lucrar. A verdadeira vantagem competitiva está na disciplina de execução.

5. Complexidade tributária crescente

O sistema tributário brasileiro vive uma fase de transição. Propostas como a tributação de dividendos e fundos exclusivos criam incerteza fiscal e aumentam riscos para as empresas. Planejamento tributário proativo e governança jurídica rigorosa são indispensáveis para evitar passivos ocultos.

6. Disrupção tecnológica e aceleração digital

A digitalização deixou de ser vantagem competitiva para se tornar pré-requisito de sobrevivência. O avanço da IA e da automação encurta ciclos de inovação e exige integração real entre tecnologia, finanças e governança. Empresas que tratam tecnologia como projeto paralelo perderão espaço rapidamente.

A velocidade da evolução tecnológica é supersônica. A Inteligência Artificial tem papel vital nessa corrida.

7. Governança, cultura e liderança

A qualidade da liderança é um ativo financeiro. Empresas com lideranças desalinhadas, dados frágeis e culturas pouco analíticas perdem velocidade e credibilidade. Conselhos precisam garantir governança sólida, coerência entre discurso e execução e foco em decisões orientadas por fatos.

Resiliência é o novo crescimento

O ambiente global continuará turbulento, mas as empresas que prosperarão serão aquelas que combinarem governança inteligente, liquidez sólida e disciplina estratégica. O novo nome do crescimento sustentável é resiliência — e ela se constrói com capital bem alocado, execução disciplinada e lideranças coerentes.

Este artigo faz parte do blog Caio Marcio, marca registrada da Aurora Quantum Estratégias Ltda. — empresa dedicada a Conselhos, mentorias, lideranças e empresas que transformam finanças e governança em vantagem competitiva.